15.02.2022, Geral
Protocolo de estudo que busca evidências sobre o efeito da combinação de rivaroxabana e aspirina na claudicação intermitente em pessoas com doença arterial periférica (DAP) limitante é publicado pela Clinical and Applied Thrombosis/Hemostasis
Estima-se que mais de 200 milhões de pessoas tenham doença arterial periférica no mundo, sendo considerada a terceira principal causa de morbidade cardiovascular aterosclerótica, inclusive sendo reconhecida como pandemia global. A claudicação intermitente é um sintoma presente em 10% dos pacientes com DAP
Em 19 de janeiro deste ano, a ciência brasileira novamente foi referenciada globalmente. O protocolo do estudo Compass Claudication, que avalia o efeito funcional da combinação de rivaroxabana e aspirina na melhoria da distância de claudicação em pacientes com doença arterial periférica (DAP) limitante, foi publicado pelo Clinical and Applied Thrombosis/Hemostasis (CATH), um dos mais importantes periódicos científicos ligados a doenças cardiovasculares. Isso trouxe mais transparência científica e ética à pesquisa clínica que está sendo patrocinada e desenvolvida exclusivamente no Brasil pela Science Valley Research Institute (www.svirglobal.com), empresa global de inteligência em pesquisas clínicas e pesquisa e desenvolvimento (P&D) na área da saúde, com colaboração da Bayer. O estudo é multicêntrico e está sendo realizado em São Paulo, Paraná e Ceará.
O estudo pivotal Compass1, feito anteriormente, já havia demonstrado que em pacientes com doença arterial periférica, a combinação de rivaroxabana e aspirina reduz o risco de infarto agudo, acidente vascular isquêmico cerebral e eventos trombóticos nas pernas, amenizando o risco de amputações. Contudo, ainda não se sabe se essa combinação também pode melhorar os sintomas em pacientes com claudicação intermitente, aumentando a distância de caminhada sem dor.
Liderado pelo co-fundador e presidente do Conselho de Diretores da Science Valley, Dr. Eduardo Ramacciotti, o estudo Compass Claudication, randomizado, prospectivo e controlado, pode ser significativo para melhoria da qualidade de vida de milhões pacientes que sofrem de DAP. “Nosso estudo vai responder essa questão. Ele fornecerá evidências de alta qualidade sobre o efeito da combinação de fármacos na distância de claudicação em pacientes com DAP, impactando significantemente em sua qualidade de vida”, afirma.
O co-fundador e CEO da Science Valley, Leandro Agati, relaciona o estudo com a importância de se formar novos profissionais ligados à pesquisa. “Como se trata de um estudo acadêmico, ele também permitirá a formação de novos pesquisadores clínicos, de pós-graduandos e de alunos de iniciação científica, orientados pelo Dr. Ramacciotti, que tem se beneficiado da experiência de participação em um estudo clínico conduzido com padrão internacional e também da colaboração com outros pesquisadores experientes”.
Hoje, as doenças cardiovasculares são as que globalmente mais matam no mundo e a DAP, a terceira causa principal de morbidade cardiovascular aterosclerótica – após doença arterial coronariana (DAC) e acidente vascular cerebral (AVC) –, está presente em mais de 200 milhões de pessoas no planeta, com aumento de 25% de casos desde 2000. Pela causa significativa de morbidade e mortalidade, a doença é reconhecida como uma pandemia global, como mostra um artigo publicado pela revista Brasileira de Hipertensão no site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Segundo Ramacciotti, que é PhD em Cirurgia Vascular e Endovascular, a DAP é uma doença aterosclerótica sistêmica crônica causada pelo acúmulo de gordura e cálcio nas paredes das artérias que fornecem sangue às pernas. “Isso provoca sensação de fadiga no paciente e causa fisgadas nas pernas, com claudicação intermitente (dor ocasionada pelo caminhar)”, explica. “Quem tem DAP geralmente apresenta limitação na autonomia da caminhada por conta da dor causada pela doença”.
1Eikelboom JW, Connolly SJ, Bosch J, et al. Rivaroxaban with or without aspirin in stable cardiovascular disease. N Engl J Med. 2017;377(14):1319-1330. DOI: 10.1056/NEJMoa1709118
Para participar da pesquisa
Pessoas que tenham interesse em participar da pesquisa podem ligar para a Science Valley, pelo 0800-591-7817, das 8h às 18h, enviar mensagens via WhatsApp pelo número (11) 4040-8670 ou mandar um e-mail para contato@svriglobal.com. O paciente passará por uma triagem e, se tiver perfil elegível, receberá as instruções da equipe de pesquisadores da empresa.
Mais sobre o Dr. Eduardo Ramacciotti
EDUARDO RAMACCIOTTI Co-fundador e CBO (Chief of Board) da Science Valley. MD, PhD, Cirurgia Vascular e Endovascular |
Eduardo Ramacciotti é pesquisador de doenças cardiovasculares e ensaios clínicos globais. É co-fundador e presidente do Conselho Científico da Science Valley Research Institute (SVRI). É professor-orientador do programa de pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, disciplina de Ciências da Saúde, com alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. É professor visitante do Loyola University Medical Center (Chicago, EUA), afiliado aos Departamentos de Patologia e Farmacologia. Tem amplo conhecimento na área cardiovascular, com foco em trombose, hemostasia, doenças das artérias periféricas e desenvolvimento de medicamentos. Ramacciotti é pesquisador clínico e mentor de alunos de pós-graduação e programas de PhD. Sua formação inclui os títulos de MD, MPH e PhD (em trombose), com dois programas de bolsa (pós-doutorado), incluindo pesquisa básica e clínica na Universidade de Michigan e no Centro Médico da Universidade de Loyola (Chicago, EUA). A sólida experiência inclui 95 artigos publicados, quatro livros (sumários executivos), além de ser convidado recorrente para palestras em reuniões médicas internacionais. Em 2017, o Dr. Ramacciotti recebeu o prêmio Outstanding Achievement Award do Global Trombosis Forum (GTF) ligado ao North American Thrombosis Forum (NATF) por suas contribuições em educação e pesquisa em embolia pulmonar e doença arterial periférica. Sua carreira foi marcada pelo cargo de diretor médico global da Bristol Myers Co R&D, em Nova York, de 2010 a 2014, onde assumiu a direção da pesquisa clínica da fase básica à fase tardia (da “bancada à cabeceira”) nas áreas cardiovasculares, incluindo o anticoagulante oral apixaban. Em agosto de 2021, apresentou no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, do inglês European Society Cardiology) os resultados do The Michelle Trial, pesquisa clínica liderada por ele, patrocinada pela Science Valley (com colaboração da Bayer), realizada de forma inédita em vários centros do Brasil, contemplando a segurança e a eficácia do medicamento Xarelto®️ (rivaroxabana) de 10 mg, uma vez ao dia, no período pós internação em pacientes que foram hospitalizados por Covid-19 e com risco alto de tromboembolismo na alta médica. Esse foi um dos estudos globais mais esperados do ano na área de cardiologia.
Mais sobre a Science Valley
Fundada em 2018, na cidade de Santo André, e com escritórios em São Paulo (Brasil) e Miami (Estados Unidos), a Science Valley Research Institute (SVRI) – www.svriglobal.com – se torna o primeiro Instituto de Pesquisa Internacional Multicêntrico do mundo, com uma gestão integrada de todas as pontas da pesquisa clínica. Atualmente, a empresa opera 17 Centros de Pesquisa qualificados, em cinco estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Ceará), sendo responsável por gerenciar todas as cinco fases dos processos de desenvolvimento, contando principalmente com ensaios clínicos (estudos pré-clínicos e clínicos de fases 1 a 4) e apoiar toda a indústria de saúde no desenvolvimento de insumos farmacêuticos, matérias primas, medicamentos, vacinas, tratamentos, procedimentos cirúrgicos, estudos de custo afetividade e dispositivos / equipamentos para a saúde humana.
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