A fissura anal é uma pequena lesão ou corte no revestimento do ânus, bastante comum e, muitas vezes, bastante dolorosa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), trata-se de uma das causas mais frequentes de dor anal aguda. Portanto, apesar de parecer simples, é importante saber reconhecer os sintomas de fissura anal e entender quando é necessário procurar ajuda médica (SBCP, 2021).
Neste artigo, você vai descobrir os principais sintomas da fissura anal, o que é considerado normal no início e quando é hora de se preocupar. Continue a leitura para tirar suas dúvidas.
O que é uma fissura anal?
A fissura anal é uma ruptura na mucosa do canal anal, geralmente causada por traumas locais, como evacuações difíceis, prisão de ventre ou até episódios de diarreia intensa. Dessa forma, ela pode ser aguda (recente) ou crônica (persistente por mais de 6 a 8 semanas).
Embora pareça simples, pois a dor provocada por essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida.
Sintomas mais comuns da fissura anal
Os sinais geralmente aparecem logo após evacuações e podem incluir:
- Dor intensa ao evacuar, em forma de queimação ou corte
- Sangramento anal (geralmente sangue vermelho vivo no papel higiênico ou nas fezes)
- Coceira ou ardência na região anal
- Espasmos no esfíncter anal (sensação de contração involuntária)
- Sensação de laceração ou ferida aberta
Esses sintomas podem durar minutos ou até horas após a evacuação, especialmente nos casos crônicos.
Quando se preocupar?
É normal sentir desconforto leve após evacuações difíceis, mas atenção: alguns sinais indicam que a fissura anal pode estar se agravando ou que há outra condição envolvida. Veja abaixo:
1. Dor que não melhora após alguns dias
Se mesmo com hidratação, alimentação rica em fibras e cuidados básicos a dor persistir, é hora de buscar avaliação médica.
2. Sangramento frequente
Embora o sangramento leve seja comum, ele não deve ser recorrente ou abundante. Sangue constante pode indicar problemas mais sérios, como hemorroidas internas ou doenças inflamatórias intestinais.
3. Ferida que não cicatriza
Fissuras crônicas podem formar um pequeno nódulo (pólipo sentinela) ou até desenvolver infecções. Por exemplo, se a lesão persiste por semanas, isso exige atenção especializada.
4. Presença de secreção ou pus
Se além de dor e sangramento você perceber secreção com odor, pode haver infecção secundária. Nesse caso, o tratamento deve ser mais específico e rápido.
5. Febre ou mal-estar
Sintomas sistêmicos como febre, calafrios ou sensação de mal-estar não são típicos de uma fissura simples e podem sugerir um abscesso anal.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico geralmente é clínico, feito por um(a) proctologista, com base nos sintomas e em um exame físico. Em alguns casos, pode ser necessário um exame proctológico mais detalhado.
Existe tratamento?
Sim, e o tratamento depende da gravidade da fissura. Entre as opções estão:
- Cuidados domiciliares (banhos de assento, pomadas cicatrizantes, aumento da ingestão de fibras e líquidos)
- Medicamentos tópicos (com anestésicos, corticoides ou vasodilatadores)
- Procedimentos cirúrgicos, em casos crônicos ou que não respondem ao tratamento clínico
Conclusão: fique atento aos sinais
Embora a fissura anal possa parecer apenas um incômodo passageiro, ela merece atenção. Dessa forma, quanto mais cedo for identificada e tratada, maiores são as chances de recuperação sem complicações.
Se você apresenta os sintomas descritos ou tem dúvidas sobre sua saúde intestinal, procure um especialista. O cuidado com a saúde anal é essencial para o seu bem-estar.
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