
Além disso, a alimentação desempenha um papel central no controle dos sintomas, já que pode reduzir a retenção de líquidos, melhorar a pressão arterial e apoiar a função cardíaca. Por isso, estratégias nutricionais baseadas em evidências se tornaram essenciais no manejo da IC, tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.
O que é Insuficiência Cardíaca?
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição crônica em que o coração perde parte de sua capacidade de bombear sangue de forma eficiente. Segundo o Ministério da Saúde A insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue bombear sangue do jeito que o corpo precisa. Isso pode acontecer porque ele perde força ou porque ele precisa fazer muito esforço para conseguir bombear, trabalhando sob “pressão” maior que o normal.
Com isso, o sangue não circula tão bem, e por isso o corpo começa a sentir falta do que precisa para funcionar direito. Dessa forma, diversos sistemas do corpo passam a funcionar de maneira limitada, o que compromete atividades diárias, qualidade de vida e autonomia.
Esse comprometimento pode ocorrer por dois motivos:
Primeiro: o coração perde força para se contrair, reduzindo a quantidade de sangue ejetada; ou
Segundo: o coração só consegue bombear de forma adequada quando trabalha sob pressões anormalmente elevadas, o que, além disso, demonstra que o coração não está funcionando como deveria.
Principais sintomas incluem:
- Falta de ar (dispneia) mesmo em pequenos esforços;
- Inchaço em pernas e pés;
- Fadiga persistente;
- Tosse ou chiado;
- Ganho rápido de peso por retenção de líquidos.
Como afeta diretamente a tolerância ao esforço, a IC interfere nas rotinas domésticas, profissionais e sociais. Portanto, o diagnóstico precoce e o manejo contínuo são fundamentais.
O que comer tendo Insuficiência Cardíaca
Segundo o Hospital HCor, pessoas com insuficiência cardíaca devem priorizar uma alimentação com baixo teor de sódio, evitando produtos industrializados e usando temperos naturais para reduzir a retenção de líquidos. O hospital também orienta que muitos pacientes precisam controlar a ingestão de líquidos, que pode variar entre 800 ml e 1.500 ml por dia, sempre conforme orientação médica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é importante manter uma boa ingestão de proteínas, como carnes magras, ovos, feijão e lentilha, para evitar perda de massa muscular. Além disso, recomenda-se preferir gorduras saudáveis, como azeite de oliva e óleos vegetais, no preparo dos alimentos.
Ainda conforme o Guia de Alimentação Cardioprotetora do Ministério da Saúde, a base da dieta deve ser composta por frutas, legumes, verduras, grãos integrais e alimentos minimamente processados, evitando ultraprocessados ricos em sal, açúcar e gordura.
O que evitar na alimentação para melhor manejo da Insuficiência Cardíaca (IC)
Alguns alimentos podem intensificar sintomas e comprometer o controle clínico da Insuficiência Cardíaca. Por isso, é importante reduzir ou evitar o consumo dos itens a seguir:
- Alimentos ricos em sódio
O excesso de sal favorece retenção de líquidos e sobrecarga cardíaca. Evite principalmente:
- Enlatados e embutidos
- Temperos industrializados
- Pães industrializados, salgadinhos e lanches processados
2. Produtos ultraprocessados
Esses alimentos costumam conter grandes quantidades de aditivos químicos, gorduras de baixa qualidade e sódio “oculto”, todos esses fatores, nocivos ao coração. Por exemplo, biscoitos recheados, fast-food, refeições prontas congeladas e macarrão instantâneo.
3. Açúcares simples
O consumo elevado de açúcar aumenta processos inflamatórios e dificulta o controle do peso, o que, por sua vez, prejudica o manejo da IC. Por isso, evite refrigerantes, doces, bolos, sobremesas e sucos industrializados.
4. Bebidas alcoólicas
O álcool interfere na ação dos medicamentos, favorece arritmias e pode piorar a função cardíaca. Dessa forma, a recomendação geral é evitar ou restringir severamente o consumo.
Conclusão:
Diante desses avanços, fica claro que o cuidado em saúde vai muito além do tratamento medicamentoso.
Hábitos alimentares equilibrados, aliados ao acompanhamento clínico adequado, tornam-se peças essenciais para fortalecer o organismo e favorecer melhores resultados terapêuticos. Além disso, esses cuidados contribuem para uma base mais sólida de saúde.
Assim, quando ciência, estilo de vida e orientação especializada caminham juntas, abre-se espaço para uma jornada de saúde mais consciente, preventiva e sustentável para cada pessoa.
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