Estudo nacional investiga saúde da mulher brasileira na menopausa e revela lacunas preocupantes

São Paulo, agosto de 2025 – Uma iniciativa inédita no Brasil está reunindo médicos, instituições e pesquisadores nacionais para traçar um panorama real da saúde da mulher brasileira durante o climatério e a pós-menopausa. O estudo clínico nacional, gerenciado pela Science Valley Research Institute (SVRI), busca mapear os impactos clínicos, emocionais e sociais vividos por mulheres em uma fase ainda marcada por invisibilidade, desinformação e desigualdade.

Além disso, o levantamento pretende preencher lacunas de conhecimento sobre a menopausa no Brasil, contribuindo para novas políticas de saúde e práticas clínicas mais inclusivas.

O estudo alcançará mais de 1.500 participantes, entre mulheres cisgênero e homens transgênero, de 35 a 65 anos, distribuídos proporcionalmente entre as 27 capitais brasileiras.

Os dados serão coletados e analisados com base em instrumentos clínicos reconhecidos e validados internacionalmente, os PROMs (Patient Reported Outcomes Measures), reconhecidos por sua precisão na mensuração de desfechos relatados pelos pacientes, o que permite inserir este retrato nacional na pesquisa clínica global.

Além disso, a ação é liderada por um instituto de pesquisa Science Valley, e busca preencher lacunas históricas de conhecimento sobre a menopausa no Brasil. Apesar de afetar milhões de pessoas, o tema ainda sofre com fragmentação de dados, baixa prioridade institucional e pouca visibilidade social.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que aproximadamente 29 milhões de mulheres estejamna faixa etária compatível com o climatério e a menopausa. A expectativa média de vida das brasileiras é de 80,1 anos e, portanto, elas viverão um terço de suas vidas na pós menopausa. Apesar disso, a maioria convive com sintomas e impacto na qualidade de vida, mas os serviços de saúde não estão preparados para acolher essas demandas.

Invisibilidade e desigualdade marcam a realidade da menopausa no Brasil.

Entre os principais desafios mapeados estão:

  • O desconhecimento sobre a fase do climatério, que leva muitas mulheres a não buscarem atendimento;
  • O impacto do hipoestrogenismo na saúde cardiovascular, óssea e mental;
  • A desigualdade regional e socioeconômica no acesso a médicos especialistas;
  • A ausência de instrumentos clínicos padronizados para diagnóstico e tratamento;
  • A falta de dados nacionais que orientem políticas públicas.

Estudos anteriores já mostraram que cerca de 80% das mulheres nessa faixa etária sofrem com sintomas como fogachos, insônia, ansiedade, depressão e perda de libido. Contudo, muitas vivem essa fase em silêncio, sem acompanhamento adequado e com pouca informação disponível.

Por que também olhar para homens transgênero?

A inclusão de homens transgênero neste estudo é fundamental porque suas experiências raramente são contempladas nas definições tradicionais de menopausa. Além disso, a ausência de consenso sobre o impacto da menopausa em pessoas transgênero, especialmente em relação ao uso de terapia hormonal e à realização de intervenções cirúrgicas para afirmação de gênero. Sendo assim, ressalta a necessidade de pesquisas específicas e de práticas clínicas adaptadas às suas realidades. Além disso, a literatura científica atual demonstra uma busca crescente por informações que possam subsidiar políticas de saúde mais inclusivas e baseadas em evidências.

Mobilização nacional com apoio da comunidade médica e de instituições

O estudo conta com a participação de profissionais da saúde de todas as regiões do país, que estão ajudando na mobilização voluntária de pacientes. Além disso, há espaço para o apoio de instituições públicas e privadas. Especialmente aquelas com compromisso em pautas de equidade, saúde da mulher, envelhecimento populacional e impacto social, por exemplo.

Sendo assim, a expectativa é que os resultados sirvam como base para futuras políticas públicas, protocolos clínicos, programas de educação e ações de saúde preventiva.

Sobre a iniciativa

O levantamento é coordenado pela Science Valley Research Institute, empresa especializada em pesquisa clínica e ciência aplicada à saúde pública. A metodologia utilizada é observacional, de corte transversal, e portanto contempla aspectos clínicos, socioeconômicos, étnico-raciais e psicossociais.

Contudo, o estudo já foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do MS (CONEP), registrado na plataforma internacional ClinicalTrials.gov (Número do Estudo: NCT07005648; Link: https://www.clinicaltrials.gov/study/NCT07005648).

É uma plataforma online mantida pela National Library of Medicine (NIH) que registra e divulga informações sobre ensaios clínicos em todo o mundo. Além disso, a plataforma oferece acesso público a detalhes de pesquisas, resultados e oportunidades de participação, promovendo transparência para potenciais participantes e pesquisadores.

Além de oferecer um retrato inédito da jornada de mulheres em transição menopausal, a iniciativa pretende gerar evidências para ajudar na construção de uma linha de cuidado mais adequada e saudável para essa fase das mulheres, e otimizar a alocação de recursos.

Fontes:
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1748-terapia-hormonal-e-uma-opcao-paraaliviar-os-sintomas-da-menopausa
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2024/11/mulheres-na-menopausainvisibilidade-deixa-tratamento-fora-da-agenda-publica
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-denoticias/noticias/29505-expectativa-de-vida-dos-brasileiros-aumenta-3-meses-e-chegaa-76-6-anos-em-2019
https://clinicaltrials.gov/about-site/about-ctg

Quem Somos

A Science Valley Research Institute (SVRI) é um instituto brasileiro com atuação nacional e reconhecimento internacional, especializado em pesquisa clínica, ciência aplicada à saúde pública e educação médica continuada. Com sede em São Paulo e centros de pesquisa distribuídos em diversos estados, a SVRI desenvolve e coordena estudos multicêntricos em todas as áreas, por exemplo: oncologia, cardiologia, neurologia, saúde da mulher, doenças raras e vacinas.

Além dos estudos clínicos, a instituição também lidera iniciativas de formação profissional, por meio de programas de educação médica baseados em evidências, que promovem atualização científica e qualificação técnica de médicos e profissionais da saúde em todo o país.

Com foco em inovação, ética e impacto social, a SVRI conecta ciência e prática clínica para contribuir com avanços reais no cuidado à saúde da população brasileira.

Contato: Leandro Agati
Co-fundador e CEO da SVRI
PhD, Farmacologista e Pesquisador de Ensaios Clínicos Globais

Telefone: (11) 97102 – 9479
Site SVRI: https://svriglobal.com/
Site Estudo: https://mypausa.com

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