
Estudo CLARA investigou tratamento para sintomas da menopausa
O estudo CLARA foi voltado a mulheres que estavam no climatério ou já haviam entrado na menopausa, fase em que muitas apresentam sintomas incômodos que afetam diretamente sua qualidade de vida.
A expectativa de vida das mulheres no Brasil era de aproximadamente 80 anos, o que significava que passariam cerca de um terço da vida no climatério e na pós-menopausa. Esse cenário evidenciava a importância de estratégias eficazes para preservar a saúde feminina e prevenir doenças que se tornavam mais comuns nesse período.
Durante o climatério, fase de transição até a menopausa, havia aumento na ocorrência de distúrbios metabólicos, dislipidemias, diabetes, doenças cardiovasculares e osteoporose.
As mulheres nessa fase podiam apresentar sintomas como:
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Fogachos (ondas de calor);
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Suor noturno;
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Insônia;
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Irritabilidade;
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Diminuição da libido;
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Dor nas relações sexuais;
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Ressecamento vaginal;
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Cansaço extremo;
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Dores musculares e articulares;
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Alterações de humor, esquecimento, entre outros.
Diversas sociedades médicas nacionais e internacionais, à época, recomendavam não apenas mudanças no estilo de vida, mas também o uso da terapia hormonal (TH) da menopausa, desde que não houvesse contraindicações, para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das mulheres.
Objetivo do Estudo CLARA
O estudo teve como objetivo caracterizar a concentração e o perfil farmacocinético do estradiol ao longo de seis meses após a inserção subcutânea de um pellet absorvível contendo 25 mg de estradiol em mulheres climatéricas.
Perfil das participantes do estudo CLARA:
O estudo incluiu mulheres que atendiam aos seguintes critérios:
- Tinham entre 41 e 59 anos;
- Haviam passado por histerectomia (retirada do útero);
- Apresentavam ou não sintomas climatéricos;
- Não apresentavam contraindicações para o uso de terapia hormonal;
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Residiram na região da Baixada Santista.
Registro e aprovação ética:
- ClinicalTrials.gov: NCT06136208
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CAAE: 74156323.9.1001.0139
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Número do parecer de aprovação: 6.310.639
O estudo foi realizado conforme as normas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e contou com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).