No dia 17 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Segurança do Paciente, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa data tem como objetivo mobilizar governos, instituições de saúde, profissionais, pacientes e familiares para discutir práticas que reduzam riscos e previnam danos desnecessários no atendimento médico.
Segundo relatórios da OMS mostram que milhões de pessoas em todo o mundo sofrem eventos adversos relacionados à assistência em saúde a cada ano, e muitos desses eventos poderiam ser evitados.
A entidade alerta que, em países de baixa e média renda, cerca de um em cada dez pacientes hospitalizados sofre algum dano durante o cuidado. Esses dados reforçam a necessidade de fortalecer continuamente a segurança e a qualidade dos serviços de saúde.
Segurança do paciente no Brasil e no mundo
O tema também ganhou força no Brasil, especialmente após a publicação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) pelo Ministério da Saúde, em 2013, alinhado às recomendações da OMS. Esse programa estabeleceu metas prioritárias, por exemplo, como a prevenção de erros de medicação, a redução de infecções associadas à assistência à saúde e a criação de protocolos clínicos e assistenciais.
Essas iniciativas demonstram que todos devem garantir a segurança do paciente, pois ela vai além da ética e se torna uma prioridade de saúde pública. Assim, estudos científicos mostram que falhas de comunicação, processos pouco padronizados e o uso inadequado de tecnologias aumentam significativamente os riscos durante o cuidado.
Pesquisa clínica: um pilar para a segurança
Nesse cenário, a pesquisa clínica se destaca como ferramenta fundamental para avançar a segurança do paciente. Dessa forma, pesquisadores planejam e conduzem cada estudo cuidadosamente, seguindo diretrizes internacionais, como as Boas Práticas Clínicas (ICH-GCP), que protegem os voluntários e garantem a confiabilidade dos dados obtidos
Dessa forma, comitês de ética em pesquisa e agências regulatórias supervisionam todas as etapas, desde o desenho dos protocolos até a análise dos resultados. Esse processo garante que os riscos sejam minimizados e que os participantes recebam acompanhamento médico contínuo.
Além disso, os resultados de pesquisas clínicas têm impacto direto na prática médica. Por exemplo, novos medicamentos passam por diferentes fases de estudo antes de serem disponibilizados à população, permitindo que profissionais de saúde utilizem terapias mais eficazes e seguras.
A própria OMS destaca que a incorporação de evidências científicas na rotina hospitalar é um dos pilares da segurança do paciente, já que reduz incertezas e melhora os desfechos clínicos.
A importância da conscientização
O Dia Mundial da Segurança do Paciente não é apenas uma data simbólica. Ele marca um movimento contínuo que promove a cultura de segurança em todos os níveis do sistema de saúde. Os profissionais reforçam essa cultura investindo em treinamento, protocolos e comunicação efetiva. Já os pacientes e familiares participam ativamente do cuidado, fazendo perguntas, relatando sintomas e conhecendo seus direitos.
Conclusão
Por fim, todos constroem a segurança do paciente juntos. Governos, instituições de saúde, profissionais, pacientes e pesquisadores assumem responsabilidades complementares. A pesquisa clínica atua de forma estratégica, promovendo avanços científicos focados na eficácia e, sobretudo, na proteção da vida.
Ao celebrarmos o Dia Mundial da Segurança do Paciente, reafirmamos nosso compromisso de oferecer cuidados em saúde baseados em evidências.